Duas principais atrações da noite, José Augusto e Fábio Júnior foram
fundo na emoção de milhares de fãs
vecgaranhuns |
Eram
mais de 60 mil pessoas. Bem mais que isso: eram 60 mil corações que mal cabiam
em si. Era emoção demais pra uma noite só, onde só havia espaço pro romantismo,
e nada mais. Nesta última sexta (25), na
Praça Mestre Dominguinhos, o amor não encontrou medidas nem destino certo. Era
de todos. Dois ícones da música romântica brasileira, José Augusto e Fábio
Júnior, arrebataram mulheres e homens, com shows que transpiravam sedução, seja
dos artistas ou entre a plateia. Beijos, abraços carinhosos, dancinhas de rosto
colado. Foi mais ou menos assim que Garanhuns fechou os olhos, lançou as mãos
pra cima e começou a cantar.
Pri Buhr/Secult-PE
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Mas
antes dos ídolos da noite subirem ao palco, o clima de histeria já era imenso.
Ao primeiro sinal de que o show de José Augusto começaria, os gritos da
multidão eram imediatos. E eis que ele entra, para delírio geral. E não teve
dúvidas: abriu com “De que vale ter tudo na vida”, acertando em cheio o público
que o acompanhou, cantando durante a música. Na verdade, José Augusto contou
com um privilegiado coro durante todo o seu show. Todas, absolutamente todas as
músicas tiveram a voz da plateia reforçando a sua. Uma identificação tamanha
que se projetava nos rostos de cada uma das pessoas, entre risos frouxos e
lágrimas de emoção. Daí, veio uma infinidade de hits pra corações fortes:
“Aguenta coração”, “Chuvas de verão”, “Sonho por sonho”, “Amantes”, entre
outros.
Além
disso, José Augusto já apresentou músicas do seu novo CD, “Quantas luas”, entre
elas, a música-título do disco e “Imagina”, onde propôs o público a fechar os
olhos e imaginar as cenas que ele descrevia na letra. “Eu tenho muita fé que essas canções possam chegar
aos corações das pessoas, pois foi com essa intenção que elas foram feitas“,
disse, ao apresentá-las. Parece que conseguiu. Ele também lembrou de canções de
Roberto Carlos, que ouvia na infância, quando já sentia o desejo de cantar e
tocar violão: “Aquele beijo que eu te dei” e “Esqueça”.
Diante
de tantas canções que mexem com o público, não era difícil ver quem não se
emocionasse. A professora Socorro Vilela estava grudadinha na grade mais próxima
ao palco, para ver os shows o mais perto possível. “Eu cheguei aqui por volta das 20h. Tudo pra ver José Augusto e Fábio
Júnior. Gosto muito dos dois e tenho todos os discos deles, inclusive uma
gravação do show de José Augusto, aqui, no passado. Eles cantam com o coração,
não é só cantar por aqui. Cantam sobre amor, emoção, é com isso que eu me
identifico“, disse Socorro. Já eram quase 3h e ela não havia
arredado o pé dali pra nada.
Pri Buhr/Secult-PE
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E
a espera valeu a pena. Às 3h em ponto Fábio Júnior sobe ao palco, para
completar o clima de delírio generalizado. Celulares ao alto, registrando fotos
e o ídolo em palco, com o seu inconfundível jeitão de garoto, que ganha a
plateia com sorrisos e olhares sedutores. Ele começou com a música “Voltei a
fazer planos”, que fala sobre o recomeço na vida da pessoa. O show de Fábio
Júnior foi recheado de sucessos, como não poderia deixar de ser: “Caça e
caçador”, “Demorei muito pra te encontrar”, “Alma gêmea”, “Casinha branca”, “O
que é que há?”, “Senta aqui”. Uma infinidade de canções onde o amor é
protagonista. Como sempre, a versão forte e emotiva de “Pai” e uma
surpreendente interpretação de “Tente outra vez”, de Raul Seixas.
Os
gritos os que, ao início da noite, clamavam pelos dois ídolos, continuaram para
que tanto José Augusto como Fábio Júnior não deixassem o palco. Entre outras
coisas, eram gritos de “Eu te amo!”, vontade de chegar mais perto dos ídolos, o
amor transbordou aos montes. Foi uma catarse. Garanhuns acordou mais rouca, mas
com a alma lavada de tanto amor.
Fonte: http://www.cultura.pe.gov.br/canal/fig2014
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