segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Frevo de Bloco, Ritmo Apaixonante.

Pesquisei para vocês espero que gostem

FREVO DE BLOCO

Também conhecidos como blocos de pau-e-corda, os blocos líricos são agremiações incomparáveis, famosas pelas fantasias bem-elaboradas, que saem nas ruas ao som de uma orquestra de instrumentos de cordas e sopro, composta por banjos, bandolins, violões, cavaquinhos, flautas, saxofones e clarinetas (alguns blocos trazem ainda violinos, bombardinos, trompetes e tubas); além de uma percussão formada por surdo, pandeiros, caixa e, às vezes, ganzá e reco-reco. São acompanhados de um coral feminino e de cordões de pastoras, pastores e crianças. À frente vai o abre-alas do bloco, chamado “flabelo”, feito de material firme (diferentemente dos estandartes) e que traz o nome da agremiação e a data de fundação, sempre empunhado por uma pastora, a flabelista. A música tocada é um tipo de frevo mais arrastado, dolente, romântico, saudosista. Um apito seguido de um acorde em uníssono de toda a orquestra dá o sinal de início de execução de cada canção. Próximo ao fim da música, novamente um apito se encarrega de preparar a orquestra e os desfilantes para o seu encerramento. À saída do bloco, entoa-se o hino e ao final do desfile, quando o bloco se recolhe, canta-se o “regresso”, que é a marcha de despedida, com temática triste em alusão ao fim do Carnaval. Os foliões do bloco cantam as músicas com um sorriso no rosto, chamando o público para acompanhá-lo, mesmo que seja uma canção triste ou melancólica.
Muitos compositores pernambucanos famosos, tiveram sua obra dedicada ao frevo-de-bloco e suas agremiações, devendo-se destacar os irmãos Raul e Edgard Moraes, este fundador de vários blocos, Nelson Ferreira, João Santiago, Lourenço da Fonseca Barbosa “Capiba”, Levino Ferreira, os Irmãos Valença (João e Raul), dentre muitos outros, todos autores de clássicos do gênero gravados, como “Evocação n° 1”, “Marcha da Folia”, “Valores do Passado”, “Sabe Lá o que é Isso” e “Madeira que Cupim Não Rói”. Ao contrário do que se fala, novos compositores mantêm a tradição renovando o repertório a cada ano. Nesse sentido, podem ser citados Getúlio Cavalcanti, Romero Amorim, Antônio Madureira, Edson Rodrigues, Fernando Azevedo, Cláudio Almeida Fred Monteiro, Bráulio e Fátima de Castro. Outro detalhe é que muitos blocos possuem o seu próprio grupo de compositores, o que garante sempre a inclusão de novas canções nos repertórios, de modo que pode-se ouvir tanto os clássicos da década de 20 como canções fresquinhas compostas para o Carnaval do ano. Além disso, grandes músicos e instrumentistas pernambucanos também fazem parte das afinadas orquestras dos blocos, que ensaiam e realizam prévias nos meses que antecedem o carnaval, são os famosos “acertos de marcha” em bares e clubes da cidade.
Hoje, existem cerca de 30 blocos líricos responsáveis pela preservação de uma das mais belas e autênticas manifestações culturais do Estado de Pernambuco. São eles: o Bloco da Saudade (1974), Flor da Lira de Olinda (1975), o Pierrô de São José (1978), Bloco das Ilusões (1985). Bonde (1991), Eu Quero Mais (1992) de Olinda, Cordas e Retalhos (primeiro a usar a nova denominação B.C.L.), Pára-quedista Real (1999) do Poço da Panela, Bloco da Amizade (2000), Confete e Serpentina (2001), a Trupe Lírico-Musical Um Bloco em Poesia (2001), Seresteiros de Salgadinho (2003) e Me Apaixonei por Você (2005), e outros. Em Moreno, surgiu o Bloco Flor do Eucalipto (2000) que este ano está fazendo 10 Anos de puro amor e dedicação ao frevo de Bloco.
(fonte: overblog · blocos líricos de Pernambuco: guia prático)

Nenhum comentário:

Postar um comentário